quinta-feira, 24 de junho de 2010

Há um ano recebia o dia mais longo do ano com a esperança de que tudo seria melhor durante a nova estação. Esperança relativa, pois era difícil vislumbrar que as coisas pudessem ficar pior do que já estavam. O verão traria calor, nova rotina, dias espichados e noites de festa distantes das memórias ruins.

E ali estava de novo, quarta-feira passada, vestindo roupa na areia da praia, fechando os olhos para escapar das cinzas das fogueiras e bebendo sangria antes de pular as chamas e fazer três desejos.

Dessa vez, eu tinha franja e pulei a fogueira para espantar as bruxas, mas me recusei a fazer desejos. Cansei de pedir serenidade, o fim da insônia, a libertação do chocolate e uma estante definitiva onde deixar os penduricalhos que compro pelo mundo.

Ninguém pode me dar nada disso e eu já começava a parecer uma mendiga desesperada. Pedia para o Senhor do Bonfim, para as velas no bolo, para a primeira estrela da noite e agora para os espíritos celtas libertados no verão.

Entre 24 de junho de 2009 e 24 de junho de 2010, quem me deu o que eu queria fui eu mesma e acho bom que continue assim.

1 comentários:

Anna K disse...

sempre fico impressionada qd vejo coisas tão simples serem escritas de forma tão grandiosa!!

 

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