segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Hoje me despedi da Suécia, já estou em Londres, quarta volto para a Espanha, dia 8 tô no Brasil. Mas só passei aqui para publicar um texto que achei no blog da minha hermana Marina.

A nossa casa é aquele sítio onde crescemos. Não, corrige. É o lugar onde temos todas as nossas coisas. Errado. Onde vivem os nossos pais. Nem sempre. Onde estão as recordações. Mentira. É aquele lugar que tem cheiro familiar, gosto de tempero da avó e histórias em cada esquina. Isso é só para os mais sortudos.
Casa é tudo aquilo que levamos numa mudança. E tantas outras coisas que o camião não pode carregar. Casa é mais do que matéria. Isso sim. Casa é onde nos sentimos em casa. Mas quando aquela que era a nossa casa é divida em três caixotes: dar, levar, ficar; quando o nosso perfume é substituído pelo cheiro a fita-cola; quando a nossa boneca de infância é encaixotada sem piedade… Quando vemos tudo isso acontecer, concluímos: nós somos a nossa própria casa. Nem pais, nem amigos, nem bonecas. Nem moveis, nem edifícios, nem vizinhos. A nossa casa somos nós. Eu. Carne, osso e espirito. O resto é só romance.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Hoje é uma lição que eu conheço bem. Aprendi na marra, mas digeri com o passar dos anos. Viagem é escolha. Não dá pra ver tudo, tirar foto de tudo, comprar tudo, fazer caber tudo na mala e lembrar de tudo quando chegar em casa.

Eis algumas oportunidades perdidas nessa viagem que vai chegando ao fim:

Xacobeo: a data mais importante da Galícia, mas que só quando cai num domingo é realmente especial. Perdi, por estar viajando, uma lista infindável de shows, incluindo Pet Shop Boys e Muse.

Guernika: visitei essa cidadezinha num dia de greve geral, ou seja, o Museu da Paz estava fechado. Nhé.

Tour de France: o plano foi muito bem desenhado para que estivéssemos, Trisha e eu, na linha de chegada de uma das etapas do Tour. Só esquecemos de um detalhe: nos últimos 50 quilômetros, os ciclistas usariam a mesma estrada que nós, e por isso ela foi fechada duas horas antes de que tentássemos passar por ali. O prêmio de consolação foi ver os ciclistas passarem ali mesmo:



Jogo do Fenerbahçe: faltou tempo e saúde para ir até o lado asiático encontrar o professor de história mais legal da Turquia, que tinha arranjado até um encontro com o Lugano. Não vou me alongar nessa história, mas quase me joguei pela janela quando descobri o preço que paguei pra passar o dia no Final Cut Pro.

Jogo da Seleção Turca: contra a Romênia, e o mesmo professor de história tinha conseguido até camisas da seleção pra gente. Mas não ia dar tempo de ir até lá, de novo.


Exames de idiomas: Meus exames de francês e galego foram no começo de junho, quando eu estava no Brasil a trabalho, então perdi. Ainda bem que tinha uma segunda convocatória, em 2 de setembro. Pena que eu estava em Estocolmo né?

Helsinki: Cinco semanas na Suécia e não deu para dar um pulo na Finlândia para rever Heidi e Tuulia, minhas amigas do intercâmbio. Há dez anos não nos vemos, e só hoje concluí que realmente seria impossível esticar essa viagem até lá. "Dar um pulo" em Helsinki envolve 16 horas de viagem (DE IDA), by the way.

sábado, 11 de setembro de 2010

"People are always talking about freedom. Freedom to live a certain way, without being kicked around. Of course, the more you live a certain way, the less it feels like freedom. Me? I can change during the course of a day. When I awake I'm one person and when I go to sleep I know for certain I'm somebody else. I don't know who I am most of the time.It's like you got yesterday, today and tomorrow, all in the same room. There's no telling what can happen."
 

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