quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mala: Ela era boa (parecia). Comprada em Roma na Semana Santa de 2009, substituindo outra que já tinha dez anos e era (literalmente) um saco pra carregar. Verde clarinha, rodinhas super potentes, extremamente satisfatória. Quebrou na fatídica noite de 30 de julho de 2010 entre a Galta Tower e a estação de metrô Davutpasa (tem uma cedilha embaixo desse S). A memorável noite em que cheguei ao Congresso Mundial da Juventude escoltada por três policiais de Istambul. Conto essa história se vocês pedirem por favor. Causa mortis: lacre da alça de puxar rompido, alça lateral rasgada, metade do suporte das rodinhas quebrado e um dos pés de suporte estourado quando passei com ela muito rente a uma parede. Ops.

Mala [2]: Ela já parecia ruim. Comprada em Istambul, substituindo a do parágrafo anterior. Istambul é uma cidade muito barata, muito muito barata. A mala em questão custou o mesmo que a mala de Roma, que não é uma cidade barata, nem um pouco barata. A ilusão me fez pensar que Mala [2] duraria no máximo dois meses e que tudo bem porque eu já planejava me desfazer da Mala após essa viagem e então Mala [2] teria uma vida curta mas bastante viajada animada diferente das malas que só servem para carregar a mercadoria da casa para a feira e da feira para casa o que é mais menos o destino da maioria das malas que já de cara parecem ruins. Ufa! Mala [2] tinha a alça extremamente temperamental e emperrou já no caminho entre a universidade e o aeroporto Ataturk. A inutilização total chegou como surpresa na esteira do aeroporto Heathrow em 13 de agosto de 2010: um dos zíperes estava quebrado.

Par de sandálias: Elogiadas pela alemã por sua simplicidade e comodidade. Sola de madeira, tiras de elástico cor bege. Compradas em Franca, a capital nacional do calçado, há não sei quantos anos. Abduzida por alienígenas entre Carcassonne (França) e Istambul em 29 de julho de 2010, provavelmente durante o reposicionamento da bagagem no aeroporto de Barcelona. Teve uma vida longa e feliz, conheceu em profundidade cidades como Buenos Aires, La Coruña, San Sebastián, Barcelona e... Istambul! Foi encontrada após dez dias de buscas (e uns 70 reais para comprar outro par de sandálias boas e duráveis, mas que machucam o pé, merda).

Pente: Era tão bonitinho, de madeira e pequenino, cabia em qualquer lugar. Roubado da minha irmã mais nova (foi mal aí, sister). Criança desaparecida na viagem entre Manisa e Istambul entre 9 e 10 de agosto de 2010. Não há pistas de seu paradeiro.

Pente [2]: Sim, eu tinha dois pentes, gostava dos dois e resolvi levar ambos para o caso de perda de um deles (jênia!). Aí perdi os dois. Esse era de plástico, verde, grande e com dentes separados, uma delícia para pentear os cabelos. Perdido entre a casa do meu amigo em Londres e a casa do meu amigo em Estocolmo. Suspeita-se que o desaparecimento tenha acontecido em 17 de agosto de 2010 durante a retirada de objetos da mala de mão para colocar os malditos líquidos dentro do maldito saquinho de plástico. Em determinado momento minha filmadora caiu da mochila embaixo da mesa e eu a vi, a peguei e disse "ufa, ainda bem que percebi!"

Carregador do celular: Cor cinza, carregador da marca Samsung, dois dentes de metal não-redondos (passei cinco inúteis minutos tentando encontrar melhor descrição). Oficialmente dado como desaparecido em 23 de agosto de 2010, não sei como, duvido que tenha caído junto com o pente acima, suspeito que esteja em Londres ou no meio da minha mala, esperando para repetir a traquinagem das sandálias. Sigo conectada ao mundo graças (bom, tem a Internet) ao meu recém-adquirido talento para falar turco. O amigo do meu amigo é turco e me achou legal porque eu aprendi turco na Turquia (acreditem, não é comum) e me emprestou o dele. Daqui a cinco dias, porém, vou mifu.

Par de tênis: Estilo converse, cor preta, sola preta, cadarço preto, cano médio. Barato mas confortável, galego mas espertinho. Conheceu quatro continentes, mais especificamente Brasília, Andaluzia, Marrocos, Occitânia, a parte asiática de Istambul e até a Escandinávia. Deu os últimos suspiros ontem, 24 de agosto de 2010, após extensa caminhada de mais de seis horas e quinze quilômetros pelas ruas de Estocolmo. Minhas duas bolhas no calcanhar que o digam.

Fones de ouvido: ainda não morreram mas estão (literalmente) por um fio. Rezem comigo, Brasil. Óbito: 16h39, 25/08/2010.

Que em paz descansem todos os outros.

3 comentários:

BlackeHorse disse...

Where are you now, Annabanana? My Portugese is not so good...

Carol disse...

Hey Chris! I'm in Stockholm right now, where kids look every blonder than your kids!

How are they doing, by the way? Did they decide what they're gonna be for Halloween?

Tica Moreno disse...

nem me lembrava do pente.
agora vc tá em dívida comigo, rs.

 

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