terça-feira, 29 de junho de 2010

Oito horas dentro de um trem e me lembrei das viagens que fiz em 2004 e 2005. Passava até 20 horas viajando, cruzava três fronteiras de uma vez, puxava papo com todo mundo que sentava ao lado e não me cansava de ficar olhando a paisagem.

Em compensação, 10 horas voando é tortura maior do que ser chileno e ter que enfrentar o Brasil nas oitavas. Deviam colocar nos aviões, em vez da janelinha, uma tela onde passasse qualquer filme gravado do lado de fora de um trem em movimento. Muito melhor do que o novo Alice no País das Maravilhas que me colocou para dormir no último GRU-MAD.

Foi a minha primeira vez com a Feve, empresa de trens espanhola que funciona só no norte do país. No resto temos a Renfe, que opera o meu conhecido trecho Coruña-Santiago, que nem parece trem, já que a paisagem é feia de doer. Sobre rodas minha amiga é a Alsa, que premia os clientes organizados com descontos de 50% em viagens entre a Galícia e Portugal.

Mas quando eu era mochileira menor de 26 anos eu viajava com o passe Eurail, e então eu não raciocinava em empresas, pensava só em cidades e países. Minha grande parceira era a alemã Die Bahn, que me dava todos os horários e itinerários da Europa e então era só eu anotar no meu caderninho de viagens e aparecer no dia, na hora e na plataforma para subir no vagão que me desse na telha (desde que do lado de fora houvesse a sutil indicação "Segunda Classe").

1 comentários:

Cristiana Soares disse...

EU QUERO! posso ir tb?

 

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